segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Quantos sons existem dentro de nós?

Quantos sons existem dentro de nós?
Fonte: Arquivo Minha, Nossa!
A respiração que é algo tão mecânico em nosso dia, nunca paramos para pensar qual o caminho que o ar faz dentro de nós, naquele momento em pleno silêncio interior podemos sentir o ar que nos mantém vivos. Aquela sensação de tontura que às vezes temos ao respirar mais forte é porque acordamos para sentir nosso corpo e nossa vida pulsando.

O que pensar se ao invés de não podemos enxergar em Kaleitus, não podermos falar? Falar mínimos sons que fazem toda a diferença, expressa dor, alegria, tristeza, desespero. O que mais esperamos de uma criança é quando ela consegue dizer as palavras ao invés de gruídos, retomar a criança que respira profundamente e quer falar .


Fonte: Arquivo Minha, Nossa!

Passei a semana pensando quais são as vozes do mar ou a voz do mar?
O mar que balança conforme os ventos de Iansã.
O que falar da orquestra de sons que podemos produzir?


Fonte: Arquivo Minha, Nossa!
Sincronizar todos os sons foi difícil mas conseguimos estando em completa harmonia.
Iansã presente entre nós, mulher guerreira, sedutora, ousada talvez um pouco de cada mulher. Apresentações que ganharam seu auge, todas impecáveis, feitas com dedicação e passando sensações diferentes para cada um que assistia.
Mais um domingo que saímos extasiados do nosso encontro!
Claro que nossa mestre deixou outras tarefas para fazer que sem dúvidas serão feitas com empenho e sairão ainda melhores que as outras.
Afinal, aguardamos cenas dos próximos capítulos!


sábado, 6 de novembro de 2010

Da Atualidade da Linguagem Artística Performance- Bia Medeiros

Performance, lugar onde se a vida se torna Arte, ou Happening, evento, não é uma forma de expressão recente.

 Uma História da performance teria no momento cerca de setenta anos, partiríamos dos futuristas e dadaístas .Nos anos 1950e 1960 essa linguagem artística provoca criticas, espanta.É o próprio da arte gerar reflexão, e foi do espanto que nasceu, na Grécia , a filosofia.

A performance impõe-se como forma de expressão artística criando um espaço inédito e mesmo prevendo outras. Refiro-me à necessidade cada vez mais evidente, atualmente, de uma interdisciplinaridade em todas as antigas estanques áreas de conhecimento.

Nascida como forma de contestação, chega a modificar o conceito de arte, acredito principalmente por introduzir nas artes plasticas novos elementos estéticos:o corpo humano presente e não representado, muitas vezes o do artista, como sujeito e objeto da obra de arte, e o tempo.

Atualmente difundida, ela se torna reconhecida e nos indagaremos aqui sobre a atualidade dessa linguagem artística, sua permanência como forma de contestação(ou não), seu redimensionamento, levantado à necessidade de se analisar, dentro dos parâmetros e paradigmas da pós modernidade, o conceito mesmo de performance.

Muitos Happenings e performance são acusados de transgressão, violação;no entanto isso não é uma norma, nem uma realidade, nem a causa dessas linguagens artísticas. Uma das coisas que se busca em uma ação artística desse tipo é uma exploração sensorial, uma mise-enscène dos instintos, fazer viver os sentidos.

Isso é sempre sinônimo de transgressão? Provocar o expectador é muitas vezes procurado, revirar certos dados da realidade cotidiana também. Uma proposta de reconsideração de valores sociais não significa forçosamente uma transgressão. Essa proposta não é sempre uma priori...

http://www.youtube.com/watch?v=sDhDHSWUvSs&NR=1

Nivalmir Santana

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Linguagem da encenação teatral -Capítulo II - A Questão do Texto

Espetáculo: Lavadeiras,Cia. minha nossa/ 2010
  • O lugar e a função do texto
  • Sacralização do texto(espetáculo ocidental)
  • Repercussões: teoria e prática da cenografia( artesão), apenas para materializar o espaço exigido do texto. Cada individuo vai se encarnar na sua especialidade.
  • Hierarquização do teatro(cenógrafo, contra regra,maquinistas,marcador,etc)
  • Comédia Dell'Arte( italianos) séc. XVII,XVIII
  • Intenção de colocar em destaque a vedete do momento, trabalhar autor
  • Inicio do séc. XX Craig e Artaud negaram o lugar de destaque ao texto no conjunto da proposta.
  • Briga entre ideias"um procura a desvalorizar o texto enquanto outros buscam enraizá-lo de vez.
  • Textocentrismo pilares da encenação simbolista, Schopenhauer-o tempo, um elemento que está além do controle humano.
  • Nas Artes Plásticas/simbolismo(mundo dos sonhos e das visões), no teatro o mundo das visões era a escrita.
  • Zola- formulou a teoria do naturalista do teatro.
  • Stanislavski: teatro de Arte de Mocou) revelou Thecov e Gorki.
  • O encenador não é mais um mero artesão, ilustrador da obra, se torna um criador.
  • Stanislavski começa a explorar o ego profundo do ator, a sua experiência mais intima.
  • Onde irá parar o status do texto quando a intervenção do ator se torna assunto de imaginação, aquando a atuação dramática se torna uma criação?
  • Jacques Copeau 1913: libertar o teatro das velhas convenções/limpar o palco de tudo, quanto suja e oprime.
  • A dicção perfeita, o gesto expressivo/para preserva-la Copeau rejeita o espetáculo espetacular.
  • Segundo Copeau cabe ao diretor ter controle máximo sobre o interprete para não deturpar o texto.
  • Encenação não é o cenário é a palavra , o gesto, movimento, o silêncio.
  • Logo após a II Guerra- palco ocidental só abriga um teatro sem teatralidade. O espirito do texto tem infinitas possibilidades.
  • Brecht: fala falada/fala cantada
  • Grotowiski: o texto é triturado remodelado ao sabor das exigências da introspecção e do auto- desnudamento empreendidos pelo ator. O ator e a coletividade em que ele se insere participam da elaboração do texto.
  • Teatro Du Soleil 1970: utiliza a reflexão coletiva, o ator procura a cegas seu personagem, mas também, textos históricos, documentos etc. Para enriquecer o improviso.
  • O texto perde seu status de sagrado no teatro Du Soleil.
Enfim, o autor não foi deixado de lado nessa evolução da prática teatral. O mecanismo tradicional não desapareceu e continuamos a ver excelentes autores.

Nivalmir Santana