domingo, 22 de maio de 2011

O mar dentro de nós


Sem título
Julita Sarano

O mar ressoa em meu corpo.
Mar distante.
Mar distante.
Do vai e vem das mágoas,
do sabor das marés.
Rumor festivo e soturno.
Riscado na face da lua
o mar ressoa,
relembra antigos momentos,
sonhos, cantos.
Marca minha faze.
O mar ressoa.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Equilíbrio


Equilíbrio

Substantivo masculino;
Estado de um corpo que se mantem, ainda que solicitado ou impelido por forças opostas.
Igualdade de forças de dois corpos que obram um contra o outro
Igualdade
Boa inteligência, harmonia

(Dicionário Priberen)

A força do equilíbrio e da justiça.
O equilíbrio entre o bem e o mal, a luz e as trevas que existe dentro de cada pessoa.

(numerologia - http://carmica.blogspot.com/)

[Registrado por Hélio Silva no diário da Cia de Investigação Teatral Minha, Nossa em 07 de novembro de 2010]



Em todos os encontros, buscamos nos encontrar com o outro, no outro e em nós mesmo, buscamos um equilíbrio que não é medido, ele acontece, simples assim, em cada um e ao seu tempo... basta querer e se entregar.
A porta está aberta
O convite já foi feito
Entre... a Cia é sua, é minha e é nossa!

domingo, 1 de maio de 2011

Primeiro Capítulo do Livro "Ator e Método", de Eugênio Kusnet

"Confunda felicidade com satisfação. Mas nunca duvide da complexidade humana."

Eugênio Kusnet questionava-se sobre o que é realmente essencial ao teatro, chegando à conclusão de que o texto, a direção, a iluminação e até mesmo o palco são desnecessários. Contudo, dois elementos são de suma importância: o espectador e o ator.
Peças teatrais, de modo geral, objetivam passar uma mensagem. Então como passá-la se não houver um receptor? Já o ator, anteriormente citado, é insubstituível por apenas um motivo: quem mais entenderia melhor um ser humano do que o próprio ser humano? Quisera eu colocar, em cena, um robô para atuar. Mas robôs transpassam veracidade? Nervosismo? Robôs são capazes de amar?
E então, quando falamos sobre sentimentos e veracidade, logo nos vêm à cabeça um importante nome: Constantin Stanislavski. Através de algumas de suas observações, notou que alguns de seus melhores atores usavam o mesmo método que as crianças (que por sinal são magníficos artistas): a "Fé Cênica". Este termo, sem segredos, resume-se em acreditar no que se é vivido. Mentirosos são exemplos célebres de atores que usam a "fé cênica": eles precisam acreditar em suas mentiras para que elas se tornem, supostamente, "verdades". Complexo? Ah, todos somos!
Mas retomando o exemplo das crianças, você já observou alguma a brincar? Uma vassoura torna-se um valente cavalo, assim como aquele famoso lençol amarrado ao pescoço: ele não é um lençol, isto é, não para uma criança; é uma capa de um super herói.
Foram exemplos como estes que fizeram Stanislavski pesquisar a respeito. De que forma suas pesquisas foram se concretizando? Como essas "sacadas" tornaram-se um método? Aí é conversa para o segundo capítulo.

Gabrielle do Vale