sábado, 28 de janeiro de 2012

Sexto Capítulo

Continuando com o estudo, vamos falar aqui do 6º e último capítulo da primeira parte desse livro.

Depois de estudarmos os cinco primeiros capítulos que abordaram:

  • Ação física
  • Circunstâncias propostas
  • Se mágico
  • Círculo de atenção
  • Visualização das falas

Vamos falar agora do MONÓLOGO INTERIOR.

O que vem a ser isso?

Segundo Kusnet, esse termo intitulado por ele é o mesmo intitulado por Constantin Stanislavski como SUTEXTO.

Stanislavski explica que Subtexto é A VIDA DO ESPIRITO HUMANO DO PERSONAGEM QUE SEU INTÉRPRETE SENTE ENQUANTO PRONUNCIA AS PALAVRAS DO TEXTO.

Para deixar isso mais claro, Kusnet aprofunda-se nesse termo dizendo O SUBTEXTO É TUDO AQUILO QUE O ATOR ESTABELECE COMO PENSAMENTO DO PERSONAGEM ANTES, DEPOIS E DURANTES AS FALAS DO TEXTO.

Por que digo que Kusnet foi mais profundo? Porque o Subtexto ou Monólogo Interior é o pensamento do personagem.

Alguma pessoa, por algum motivo, parou de pensar? Isso é impossível.

Partindo desse principio, faço uma reflexão.

Tirando como exemplo atores em começo de estudo, assim como eu fui, quando não conhecia o método, pensava que ser ator é quando se fala. Quando outro personagem estava falando não sabia o que fazer e ficava imóvel, sem atitude e sem emoção. Quando voltava minha vez de falar, me enaltecia inexplicavelmente e declamava meu texto, voltando à posição inerte ao seu final.

Agora sei que isso não é atuar. Isso é declamar texto.

O espírito e o pensamento humanos não param, estejamos nós falando ou não.

Unindo as duas definições, de mestres ícones do teatro mundial, acho que subtexto ou monólogo interior é O PENSAMENTO E A VIDA DO ESPIRITO HUMANO DO PERSONAGEM QUE SEU INTÉRPRETE SENTE ENQUANTO VIVE ESSE PERSONAGEM, EM TODAS SUAS FALAS E AÇÕES ESTABELECIDAS PELO TEXTO.

Ou seja, nada mais é que a exteriorização de todos os pensamentos do personagem, em forma de ação física ou de linguagem falada.

Mas devo dizer que alguns atores exibicionistas, mesmo depois de anos de estudo, não criam o Monólogo Interior, com o argumento de que isso não será mostrado ao público. Partindo desse principio, todos os pensamentos, os problemas, os conflitos do personagem não estarão sendo tomados como se fossem desse ator. Sendo assim, este jamais será um ator. Como disse anteriormente, será apenas um declamador de texto.

É exatamente por isso que fiz toda essa dissertação sobre esse capítulo, que é de suma importância para o estudo dramatúrgico e poucos lhe dão o devido valor, porque, como disse o ator exibicionista citado acima, “por que criar tudo isso se não será mostrado ao público?”




Kusnet afirma que o Monólogo Interior só pode ser conquistado através de improvisações feitas pelo ator, pois não se pode chegar até ele de forma racional. De forma racional pode-se criar caminhos.

  1. Dentro das Circunstâncias Propostas e fazendo a Leitura Lógica, trace como está a parte emocional do personagem.
  1. Realize improvisações partindo do que foi assim assimilado pelo raciocínio.

Depois de realizadas as improvisações, podemos chegar ao tão esperado Monólogo Interior, mas, ao conscientizá-los, chegaremos a outro estágio mais aprofundado, que o autor chama de FALAS INTERNAS.

Confuso? Que nada! É só nomeação do que você já sente.

Monólogo Interior já explicamos o que é.

Falas Internas são as falas que precedem as falas oficiais criadas pelo dramaturgo.

Sendo assim, se o texto é criação do autor/dramaturgo, o Monólogo Interior e as Falas Internas são obras exclusivamente do ator.

ENQUANTO NA SUPERFÍCIE ESTÁ SE DESENROLANDO O TEXTO, EM ÁGUAS SUBAQUÁTICAS ESTÁ A CORRENTE DO SUBCONSCIENTE DO PERSONAGEM.

No livro o autor cita vários exemplos tão geniais, que fica inconcebível pra eu resumi-los aqui.

Apenas posso resumir que:

1º - Macro - compreender o raciocínio do personagem através Circunstâncias Propostas e o Se Mágico, chegando ao Monólogo Interior.

2º - Micro – estabelecer, em linguagem falada, mesmo que não seja falada, as falas que precedem o texto. Assim serão as Falas Internas passando a seguir para as falas do personagem.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Amor Puro e Cristalino

Um dia, há dois mil anos ou mais

Num tempo em que difícil era a paz

Chegava à Terra uma pequena esperança

Procurado por todos nos sete cantos

O perseguiam por seu futuro encanto

Que emitiria com grande exuberância


Desde criança grande era sua força

E protegido por uma menina moça

A quem hoje chamamos Maria

Além dela havia o honrado José

Um carpinteiro de extrema e estimada fé

Sem eles o Amor não existiria


Germinado esse amor floresceu

Fazendo com que alguns pensassem menos no eu

E emanasse sua energia pelo mundo

Encontram, como sempre, a rejeição

Que os deixaram muito mais fortes então

Se fazendo tocar do superficial ao profundo


Sem distinção entre homem e mulher

Passando e atravessando por geração qualquer

Chegando até hoje em dois mil e onze

Coisa que não se tem por dinheiro

Que antes de tudo deve vir primeiro

Mesmo que ouro, prata ou bronze


Mesmo que esteja banalizado

Onde custamos a olhar para o lado

E nos esquecemos do Menino

Continue que com você nós vamos

Sentimento assim todos nós precisamos

Um amor puro e cristalino


Suas conquistas virão com o tempo

Clareando está seu momento

Você é o único cristal que produz luz

E se sua pedra ficar opaca

Nós, amigos de longa data

Poliremos com o brilho de Jesus

..............................................................................

Uma homenagem ao retorno de Rodrigo Cristalino à companhia.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Quinto Capítulo

Visualização das Falas

Conforme vimos nos capítulos anteriores, os meios de contato e comunicação foram divididos em: mentais e físicos, neste capítulo abordaremos um meio físico, a PALAVRA, e para tanto falaremos antes da FALA, o que dentro do Teatro Falado, é de fundamental importância, para tanto é necessário entendermos o funcionamento da fala.

Antes de falarmos, de pronunciarmos a PALAVRA, nós imaginamos o que vamos dizer, primeiro criamos uma imagem, e só depois transformamos essas imagens em palavras, por meio da fala. O que significa dizer que a imagem mental antece a fala.

Em um diálogo temos a fala do outro e a nossa fala, primeiro ouvimos uma combinação de sons, as palavras, em seguida elas se transformam em imagens no nosso cérebro, então “processamos” e só então é que falamos, o que significa enfatizar que antes de falarmos, nós imaginamos.

No teatro não deve ser diferente, pelo contrário, “...ação provoca uma reação”, quando o ator vai agir por meio de falas, ou seja em um diálogo, antes de falar, deve primeiro ouvir o que o outro disse, formar uma imagem a partir da fala do outro mentalmente, e só então começar a falar, “assim a ação de falar em teatro será uma ação humana”.

Temos aí o método de VISUALIZAÇÃO DAS FALAS, que consiste em o ator pensar como se fosse o personagem, antes de começar a falar e ouvir, antes de responder uma pergunta, etc.

Em alguns momentos durante uma cena, uma simples distração poder fazer o ator se esquecer desse detalhe tão importante, parece simples, mas é muito comum o ator ficar tão preocupado com a sua fala, com a deixa, o momento de entrar, que muitas vezes, acaba nem ouvindo o que o parceiro de cena está falando, é o ator e não o personagem que fala, quando isso ocorre.

Diante disso é imprescindível que o ator se exercite constantemente, deve estar sempre atento, para realizar a visualização das falas, como o personagem realizaria, uma visão interna, trazendo a imagem que está “atrás” da fala e só então “entar em ação”.

Eliane Neres

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Minha, Nossa!

Minha nossa
Eita, casa boa de brincar
É bom camará é bom camará
É bom é bom é bom
Zip, zap, boing a rodar
Nossa, minha roda a comungar
É bom camará é bom camará
É bom é bom é bom camará...

Axé...

(Fabio Maganha)