quarta-feira, 1 de junho de 2011

Segundo Capítulo do Livro "Ator e Método", de Eugênio Kusnet

A ação é o fator mais importante da nossa arte. É afirmando isso que Kusnet inicia esse segundo capítulo. O termo ator se traduz em *agente do ato*, ou seja, aquele que age, aquele que faz a ação. Em uma cena, por menor que seja, é através da ação que o ator traça a relação de comunicação com o espectador.
Toda a ação sempre obedece a uma lógica, mesmo quando achamos que não tenha uma lógica, por exemplo, nos atos de um louco. Segundo Kusnet, para nós a ação de um louco não tem lógica alguma, mas se os atos forem observados do ponto de vista do próprio louco têm. E para o espectador, o que conta é o ponto de vista da personagem e não a nossa, logo, deve-se seguir a lógica do louco para interpretá-lo.
Assim como a ação segue uma lógica, ela deve ter também um objetivo, sem determiná-lo não há como estabelecer uma lógica para as ações da personagem. Segundo Kusnet, “O* uso da lógica deve começar nos primeiros estudos gerais da situação e dos objetivos e continuar necessária e obrigatoriamente até o mínimo detalhe. Basta errar na lógica de um pequeno ponto para arruinar a cena inteira.*”. Kusnet também diz nesse capitulo que a ação é sempre contínua e ininterrupta. O maior erro do ator é se desligar da personagem sem necessidade.
A ação sempre tem, simultaneamente, dois aspectos: ação interior (mental) e ação exterior (física). Quando a ação interior age temos um resultado mais visceral, porém, às vezes temos de acrescentar alguma ação vinda de fora para obter um resultado mais convincente ao público.
Veronica Alencar

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