domingo, 20 de novembro de 2011
Lavando a alma
Vagner de Alcântara
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Marta Sem Manuel
O vento nos contou
Que em Kaleitus havia amor
Que não se conhecia a dor
Até que Manuel, o mar levou
E viúva, Marta chorou
Seu céu mudou de cor
Já não via o Sol nascer, nem se pôr
Para ela, a vida parou
Desapareceu sua vaidade
Sumiu sua vontade de se infeitá
Parece uma velha de pouca idade
Seu olhar nublado agora está
Em seu peito arde a saudade
Sorrisos... já não há
(Tina Chaves)
sábado, 10 de setembro de 2011
"Minha nossa, é só ficar longe, que logo eu penso em você
Parecia que me via com teus olhos de apetite
Parecia que sorria quando a festa demorava
Merecia uma prece pra ninguém nunca esquecer
Então sentei-me em tua frente pra logo nos perceber
Dali pra frente tudo é doce
É doce até não enjoar
Minha nossa, é só ficar longe, que logo eu penso em você
Minha nossa, é só ficar longe, que logo eu penso em você
Parecia cantoria o teu abraço de convite
Merecia uma iguaria de encantar o paladar
Anelava no recado uma mensagem elegante
Quero moça de quermese que quer missa pra casar
Dali pra frente tudo é doce
É doce até não enjoar
Minha nossa, é só ficar longe, que logo eu penso em você
Minha nossa, é só ficar longe, que logo eu penso em você
Minha nossa, é só ficar longe, que logo eu penso em você
Minha nossa, é só ficar longe, que logo eu penso em você
Música "Quermesse" (O Teatro Mágico)
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Quarto Capítulo do Livro "Ator e Método", de Eugênio Kusnet
Elementos do método:
ATENÇÃO CÊNICA
A única possibilidade do ator fazer com que sua atenção funcione, é interessar-se pelo objetivos (necessidades) do personagem como se fosse dele, selecionando detalhes da visualização através da atenção cênica. Estes detalhes podem exercitar sua imaginação despertando seu desejo pela ação. Quando a situação cênica exigir sensações mais fortes, o ator deve concentrar sua visualização nos detalhes mínimos e específicos, mais condensados. Já quando exige uma ação mais calma, a visualização deve ter seu foco ampliado, provocando assim um efeito emocional mais ameno.
Sendo esta mudança constante no foco da visualização chamada Círculos de Atenção.
CÍRCULOS DE ATENÇÃO
A ideia desse elemento foi inspirada na nossa visão física, onde podemos ter uma atenção ampla de quase 180º ou direcionada a um único ponto. Esse método auxilia o ator a olhar para a platéia e manter a circunstância proposta em sua mente ao invés de ver apenas um monte de gente sentada, e muitas vezes salva o ator em cena aberta
A atenção cênica com seus círculos de atenção levam o ator ao ‘Contato e Comunicação’ com o ambiente em que se encontra, ou seja, os elementos do espetáculo.
CONTATO E COMUNICAÇÃO
É mais um termo do método. Na vida real, nunca deixamos de estar em contato com o ambiente. Estamos sempre nos relacionando através dos nossos cinco sentidos com tudo o que está ao nosso redor.
Já no teatro, o ambiente é criado pela vontade do criador do espetáculo, portanto, não é natural que o ator se encontre imerso nesse ambiente como na vida real. É ele quem deve criá-lo para que se possa comunicar com sucesso, porém, muitas vezes esse contato é interrompido, como por exemplo quando o ator resolve descansar em cena porque não está fazendo algum diálogo, quando não presta atenção na fala dos outros por ter decorado a sua, quando está preocupado com outras coisas de sua vida particular ou quando, por própria vaidade, procura contato com a platéia para mostrar suas qualidades físicas.
O contato com a platéia é de extrema importância, mas nunca deve ser feito por vaidade. Este contato deve ser realizado pelo ator, e não pelo personagem, que deve estar entretido no ambiente e outros personagens da peça.
DUALIDADE DO ATOR
Termo criado por Stanislavski, representa a coexistência do ator e do personagem. A encarnação do papel não significa uma substituição, pois assim o mundo objetivo deixaria de existir para o ator, que apenas assume o personagem adquirindo a ‘fé cênica’, porém, sem perder a capacidade de observar sua própria obra artística, que é o personagem.
Hélio Silva
domingo, 10 de julho de 2011
Fez-se Mar...
Fez-se Mar
Fez-se mar,
Senhora o meu penar
Demora não, demora não
Vai ver, o acaso entregou
Alguém pra lhe dizer
O que qualquer dirá
Parece que o amor chegou aí
Parece que o amor chegou aí
Eu não estava lá, mas eu vi
Eu não estava lá, mas eu vi
Clareira no tempo
Cadeia das horas
Eu meço no vento
O passo de agora
E o próximo instante, eu sei, é quase lá
Peço não saber até você voltar
(Marcelo Camelo)
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Diário, registro cotidiano
Tão importante quanto a conclusão de nossos projetos, é o processo pelo qual passamos durante sua realização.
Atingir objetivos propostos, o sentimento de missão cumprida, concluir, finalizar algo, proporcionam um prazer imensurável. No entanto é no caminho, ou seja, durante o processo, que o aprendizado se dá de maneira efetiva, na superação diária de obstáculos, no enfrentamento das dificuldades, nos conflitos com o outro, ás vezes avançando em outras retrocedendo, mas sempre em movimento, de maneira plena e dinâmica.
Muitas vezes estamos tão imersos em determinado processo que não nos damos conta da sua importância, das pequenas belezas e da sua riqueza cotidiana, pois são efêmeras, momentâneas, acontecem sem avisar, sem esperar serem anunciadas, assim sendo, a maneira mais eficiente de tentar capturá-las é por meio de um registro cotidiano e disciplinado, certamente não será possível registrar tudo, em sua plenitude, mas confiar única e exclusivamente na memória, não é muito seguro. Um bom exemplo disso é a riqueza da história escrita, sua força, permanência e poder de disseminação, contrapondo com a histrória oral, que apesar de sua importância cultural, muito dela se perdeu.
Ressaltamos aqui a eficiência dos diários, como boa fonte de registro, por ser cotidiano e disciplinado, não hierarquiza os fatos, ou acontecimentos de acordo com um julgamento de valor, não é criada nenhuma expectativa em torno disso ou daquilo, pois cada dia é uma experiência única, em um dia comum, ou até cinza e frio, sem nenhum brilho especial, pode acontecer algo surpreendente, capaz de mudar toda a dinâmica em curso até aquele dado momento. Se não houvesse o diário este acontecimento poderia ser perdido, ou registrado de maneira diferenciada, com um juízo de valor pré estabelecido.
Somos gratos a todas aquelas pessoas que, generosamente, dividiram suas histórias pessoais conosco, humanizando e tornando-as um pouco nossas também, por meio de seus diários, comungamos com elas o desejo de dividir nossas alegrias e tristeza, vitórias e derrotas, e acima de tudo o caminho percorrido para alcançá-las, o trabalho cotidiano de cada um, com toda sua riqueza, beleza e potência, através do nosso DIÁRIO, fazendo da MINHA, da SUA a NOSSA história.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Terceiro Capítulo do Livro "Ator e Método", de Eugênio Kusnet
No palco devemos agir em nome do personagem, mas para que isso aconteça, é necessário saber quem é o personagem, quais são suas características. Stanislavski denomina de "CIRCUNSTÂNCIAS PROPOSTAS" que significa a realidade da vida do personagem, a "verdade cênica".
Uma simples omissão das "CIRCUNSTÂNCIAS PROPOSTAS" pode mudar todo o sentido de uma cena, ou até mesmo o espetáculo inteiro, no livro Kusnet conta uma história que aconteceu com Stanislavski, em um dos papéis que ele fazia, ele era o administrador de uma fazenda, e assim se vestiu, como um homem do campo, quando seu diretor viu, ficou indignado, pois Stanislavski tirou suas próprias conclusões do personagem, então seu diretor lhe mostrou outro trecho no texto, em que dizia para endireitar a gravata fina, e percebeu que de camponês o personagem não tinha nada. Isso aconteceu pois ele deixou de completar as "CIRCUNSTÂNCIAS PROPOSTAS" com a sua imaginação.
Stanislavski oferece um elemento do método que ele chama de o mágico "SE FOSSE". Mas porquê Stanislavski chama de mágico? Bem, "SE FOSSE" é mágico, pois de alguma forma desperta a VONTADE DE AGIR, assim as "Circunstâncias Propostas" acabam sendo completadas com a nossa imaginação, presumindo assim, a aceitação simultânea da realidade - "eu o ator que sou", e do imaginário - "o personagem que, o ator, poderia ser".
Imaginar significa ver de maneira mais palpável o que nos foi dado pelas "CIRCUNSTÂNCIAS PROPOSTAS". Se eu te perguntar, o que você faria se fosse a pessoa mais milionária do mundo? Certamente você vai imaginar o que faria, e assim, vai estar fazendo uma "visão interna", que Stanislavski chama de VISUALIZAÇÃO. Então ao fazer as "circunstâncias propostas" e de usar usar o mágico "se fosse", você estará fazendo uma "visualização".
Ruth Lacerda
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Brincando de Profeta
Ei, e se eu te disser que sei o que se passou com você? Tudo bem, não se preocupe, eu não preciso tocar em sua mão, muito menos te questionar: seu rosto é o que irá te denunciar, inteiramente. Quer que eu fale da sua vida? Ou do seu dia? Escolho falar do seu domingo.
Você acorda cedo. Queria dormir mais, mas despede-se da tão deliciosa cama. Às vezes não toma café; simplesmente sai de casa rapidamente com as suas roupas mais flexíveis. As ruas estão desertas ou mais silenciosas do que o habitual. Sossego?
Chegando ao seu destino, você vê o portão fechado. Bate um desânimo, porque não há ninguém a te receber. Então você observa os carros e os cães que passam. Minutos depois chegam os outros, e então acontece o que mais te faz sorrir: a troca de milhares de beijos e abraços.
Todos se sentam e conversam, você ri e os observa. Em instantes, a brincadeira responsável começará. Exercícios! Voluntários! Textos! Cadeiras! Piadas! Amigos!
De forma anormal, o tempo voa apressadamente, como uma andorinha sem vergonha que esqueceu-se do inverno. O relógio toma forma de carrasco, não aquele que mata e sim o que desperta para o viver meio... vazio, talvez desgastante.
E então você, antes de ir embora, beija seus amigos e os abraça novamente, desejando que todos tenham uma boa semana. Legal, você até pode contestar - e com razão - que não há nada profético nisso. Pode até mesmo complementar: "Ora, tudo é óbvio demais! Diga-me então não o que fiz, mas o que farei quando chegar em casa".
Sim, eu diria, se pudesse estar com você nesse momento.
Gabrielle do Vale
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Performances
suas mãos de mar
Elas poderão
Bordas poesias
Tecer fantasias
Tocar nas conchas,
nas flores, nos cristais
Pois a ternura
Escorrerá dos seus dedos
Da sua emoção
Da sua paz...
Maria Helena Fogo
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Segundo Capítulo do Livro "Ator e Método", de Eugênio Kusnet
domingo, 22 de maio de 2011
O mar dentro de nós
terça-feira, 10 de maio de 2011
Equilíbrio
Equilíbrio
Substantivo masculino;
Estado de um corpo que se mantem, ainda que solicitado ou impelido por forças opostas.
Igualdade de forças de dois corpos que obram um contra o outro
Igualdade
Boa inteligência, harmonia
A força do equilíbrio e da justiça.
O equilíbrio entre o bem e o mal, a luz e as trevas que existe dentro de cada pessoa.
Em todos os encontros, buscamos nos encontrar com o outro, no outro e em nós mesmo, buscamos um equilíbrio que não é medido, ele acontece, simples assim, em cada um e ao seu tempo... basta querer e se entregar.
A porta está aberta
O convite já foi feito
domingo, 1 de maio de 2011
Primeiro Capítulo do Livro "Ator e Método", de Eugênio Kusnet
Eugênio Kusnet questionava-se sobre o que é realmente essencial ao teatro, chegando à conclusão de que o texto, a direção, a iluminação e até mesmo o palco são desnecessários. Contudo, dois elementos são de suma importância: o espectador e o ator.
Peças teatrais, de modo geral, objetivam passar uma mensagem. Então como passá-la se não houver um receptor? Já o ator, anteriormente citado, é insubstituível por apenas um motivo: quem mais entenderia melhor um ser humano do que o próprio ser humano? Quisera eu colocar, em cena, um robô para atuar. Mas robôs transpassam veracidade? Nervosismo? Robôs são capazes de amar?
E então, quando falamos sobre sentimentos e veracidade, logo nos vêm à cabeça um importante nome: Constantin Stanislavski. Através de algumas de suas observações, notou que alguns de seus melhores atores usavam o mesmo método que as crianças (que por sinal são magníficos artistas): a "Fé Cênica". Este termo, sem segredos, resume-se em acreditar no que se é vivido. Mentirosos são exemplos célebres de atores que usam a "fé cênica": eles precisam acreditar em suas mentiras para que elas se tornem, supostamente, "verdades". Complexo? Ah, todos somos!
Mas retomando o exemplo das crianças, você já observou alguma a brincar? Uma vassoura torna-se um valente cavalo, assim como aquele famoso lençol amarrado ao pescoço: ele não é um lençol, isto é, não para uma criança; é uma capa de um super herói.
Foram exemplos como estes que fizeram Stanislavski pesquisar a respeito. De que forma suas pesquisas foram se concretizando? Como essas "sacadas" tornaram-se um método? Aí é conversa para o segundo capítulo.
Gabrielle do Vale
domingo, 10 de abril de 2011
Minha Semana!
Chego em casa no domingo, olho pro relógio "Nossa já são duas horas da tarde... nem percebi"
Tomo um banho relaxante. "Que delícia" como a comidinha deliciosa e caseira, da mamãe ou do papai, ou dos dois. Passo um tempo 'navegando na net', curtindo, comentando, postando e baixando fotos, mantendo a conversa com os amigos, tentando bater um record no Guinnes Book, rs... Algumas vezes perco um pouco de tempo na tv - e quem não faz isso? Pelo menos por uma meia hora, hein??
Bom... hora de descansar, pois a semana começa, mais uma vez.
Acordo cedo, trabalho, almoço, estudo. Saio cedo de casa e chego tarde, tomo um banho antes de sair e outro ao chegar pra poder ir pra cama, dormir, acordar e começar tudo de novo.
Minha semana passa voando, porém as horas mais duras do dia tendem a se arrastar pelo tempo. Tempo esse que é salvo pelos e-mails - às vezes úteis, às vezes bobos - mas que enchem meu dia de sorrisos, largos, abertos, iluminados, ah e muitos Bons Ventos!
Combinando peças, saídas, passeios, visitas, aniversários surpresas, trabalhos, performances... TRABALHOS??? PERFORMANCES??? Pois é... já é sexta-feira e o que faremos???
Então chegamos no sábado cheios de idéias, mas ainda nenhum ensaio e passamos o dia criando, conversando, rindo, discutindo, brigando, ensaiando, cantando, gravando, assistindo, rindo mais um pouco... pronto! Tudo pronto pra domingo!
O Domingo chega e o que vem por ai é mágico, não dá pra descrever. Só sei que tem abraços, quantos? não sei! Tem beijos, quantos? não sei! Tem comida, quantas? não sei! Surpresas, visitas, cantorias, danças, fotos, diversão! Muita coisa boa... boa demais!
Mas isso não dá pra contar... nunca é igual!
Ai Chego em casa, olho pro relógio "Nossa já são duas horas da tarde... nem percebi"
E começa tudo de novo, na espera de um novo domingo, onde nada será igual!
Essa é a minha semana... qualquer semelhança, é mera coincidência!
Bons Ventos!
Imagem retirada de: http://blogaamao.blogspot.com/2010/12/correria-hoje-calmaria-amanha.html
sexta-feira, 1 de abril de 2011
A Linguagem da encenação Teatral Cap. VI: A organização teatral na França
Fonte: jornalcidade.uol.com.br |
Em 1910, Firmin Gémier (ator e diretor, 1869-1933) percebeu que o teatro estava sendo feito para um único publico, e resolveu levar seu Teatro Nacional Ambulante para o publico que não tinha o acesso. Sua iniciativa foi interrompida a principio, mas em 1920 o mesmo foi nomeado diretor de um Teatro Popular de Trocadéro que conduziu até 1933.Após essa data o teatro ficaria em silêncio em questão de inovação.
A principal diferença entre o teatro popular e o teatro “não-popular” é que o primeiro glorifica aos grandes grupos composto pela massa, enquanto instrumento de luta, enquanto o segundo privilegia às grandes historias, aos heróis, e faz-se de tudo para que seu publico admire sua obra.
André Benedotto (sem registros), 25 anos mais tarde, proclamou seu “desejo de praticar o texto com o objetivo de criar uma sociedade na qual cada um fará o seu teatro”. Isso explica porque há tantos grupos de teatro hoje em dia. Outras pessoas entraram no clima do teatro-social, entre elas, Jean-Paul Wenzel (sem registros) que se baseou no tema e fez uma peça. E ate hoje grupos vêm fazendo trabalhos se baseando nesse tema.
“Depois de nós, o dilúvio?”
quarta-feira, 30 de março de 2011
OBINRIN WA!
As performances, por sua vez, inspiraram a elaboração de cordéis feitos com recortes de jornais e revistas, que com o decorrer dos encontros e nosso encantamento pelo estudo transformaram-se em experimentações plásticas que aqui expomos.
Entender o universo do Candomblé, foi uma intuição, vista como necessidade para o crescimento e a aproximação do grupo com a arte livre de preconceitos e total em sua essência.
Tudo isso é uma pequena centelha do trabalho que temos pela frente: a montagem de Kaleitus, o resgate histórico da comunidade onde estamos inseridos, a formação de público, o crescimento artístico e profissional dos nossos integrantes, a quebra da *quarta parede são, atualmente, nossas metas e, de fato, esse momento é o nosso primeiro passo!
Filipe Macedo
* Parede imaginária situada na frente do palco do teatro, através da qual a plateia assiste passiva à ação do mundo encenado. A origem do termo é incerta, mas presume-se que o conceito tenha surgido no século XX, com a chegada do teatro realista.
Quando: 26/03 até 16/04
quinta-feira, 10 de março de 2011
Mesmo quando a boca cala
5 a Seco
Foi você me olhar de lado e eu ao lado doido para confessar
Mesmo quando a boca cala o corpo quer falar
Esses gestos incompletos, olhos tão repletos de te desejar
O direito de ir e vir, o desejo de ficar
Tudo isso pra dizer que eu não sei dizer onde é que isso vai dar
Que eu não mando no querer, aliás, é o querer que quer me governar
Hoje eu vivo pra dizer, eu digo pra viver, você é meu lugar
Se o amor não nos quiser, então azar do amor, não soube nos amar..
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=u41y7xU1OFs
Fonte: http://www.vagalume.com.br/5-a-seco/mesmo-quando-a-boca-cala.html#ixzz1F78C93pM
terça-feira, 1 de março de 2011
A Linguagem da Encenação Teatral Capítulo V: A metamorfose do Ator
Fonte: joamilabrito.zip.net |
2. Surgimento do Encenador: No final do século XIX, surge o encenador, mas com papel de diretor. Esta idéia gerou polêmica entre os atores, pois os mesmos eram livres, ou seja, eram seus próprios diretores. Mas acrescentar um diretor só favorecia, visto que o mesmo poderia ter a visão de outro ângulo – o de fora – e poderia organizar as idéias com mais clareza. Para os atores, isto era uma autocracia, e não era atraente.
3. Mudança de Técnicas: Os gestos precisos são trocados pelos gestos reais (naturais). Um nome notável de uma personalidade que defendia o real/natural é Constantin Stanislavski (1863 —1938).
4. Teoria do Teatro Épico: Um exemplo notório é Charlis Chaplin, cujo objetivo é criticar. Desta teoria, surgiu o conceito do “Efeito V”, que defende a idéia de que o ator não se identifica com o personagem. A vida é uma coisa, e o teatro é outra. A linearidade não existe, afinal o passado e o presente se misturam sem nenhum nexo. O ator não deve envolver-se na trama, caso contrário uma visão crítica do público e do ator não seria despertada. O conceito resume-se em uma frase: “Não viva um papel: represente-o.”
5. Stanislavski e seu elenco: Para Constantin, todos eram valorizados e tratados da mesma forma, desde o iluminador até mesmo o ator principal. Honesto, sim. Mas este tipo de igualdade e liberdade gerou amadorismo, irresponsabilidade, falha de senso artístico, gerando baixa qualidade de encenação.
6. Monstros Sagrados: Este era o adjetivo a todos os atores que se diferenciavam dos outros por suas habilidades transcendentais. Eles eram autênticos, sem regras, praticamente um tipo de metamorfoses ambulantes. Era exibicionismo puro, mas não deixava de ser belo. Os monstros sagrados não permitiam intervenções dos diretores em suas atuações, pois tudo o que era exposto por eles vinha puramente de seus instintos e sentimentos, ou seja, eles expunham tudo o que verdadeiramente sentiam. Edward Gordon Craig e Stanislavski não gostavam disso. Para Craig, os impulsos não são confiáveis e o ator jamais poderia se confundir com o personagem, afinal são seres distintos e não há sentimentos entre os dois.
7. Diferenças entre Craig e Stanislavski: Craig rejeita a emoção, Stanislavski não. Segundo Craig, o espectador não pode apegar-se ao personagem, mas questioná-lo. O espetáculo não imita a realidade, mas permite enxergá-la. Stanislavski expõe seu pensamento em uma frase que o explica bem: “O teatro destrói a harmonia. Abaixo o teatro! Viva a harmonia!”
8. Craig e a Supermarionete: O sonho de Craig era construir um tipo de marionete humana, onde qualquer tipo de reação ou movimento, por mais minuciosos que se apresentassem, fossem controlados (como uma marionete). Mas seu sonho era impossível. E o é até hoje, pois o ser humano é incapaz de tal façanha. Isso acabaria de vez com o exibicionismo. Craig era apaixonado pela Comédia Dell’Arte e, para ele, esta sim era o verdadeiro conceito de teatro.
9. Artaud e o Teatro da Crueldade: Antonin Artaud acreditava que o ator e a platéia eram uma coisa só. Seus espetáculos constituíam por gritos, sombras e músicas: era a representação dos sonhos e mistérios da alma. Os diálogos dos atores resumiam-se em ecos e ressonâncias.
Atualmente, as habilidades são dispensáveis quando se tem exuberantes linhas e curvas corporais: Vedetismo. Percebe-se que, neste ir e vir de formas e conceitos, estilos e manipulações, o ator tem um leque de opções para seguir todos os estilos teatrais.
Gabrielle do Vale
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Mais um encontro e ponto (de vista)
Como todos os domingos tudo parece se encaixar, o antes o durante e o depois.
Razão toma conta na rotina da burocracia do grupo, que é necessária, mas se necessita pensar como transformar o que é fatídico em poesia. Mais um desafio! para juntos aprendermos e conseguirmos!
Não é fácil mas é gratificante, pois temos o universo ao nosso favor,
que sabe exatamente o que precisamos e não o que queremos!
E afinal "isso também passa" e ponto!
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Diário do Grupo
Minha Nossa ! Já é quase 9h, tá na hora. O corpo reclama o calor que o banho não eliminou.
Chegada a nossa casa, casa Minha Nossa, a felicidade de mais um encontro, rostos cansados denunciam a noite de pouco sono devido ao calor.Me sinto de novo no ninho, sinto saudades.
Ha temor pela possível não continuidade, ha temor pelas dividas não pagas, ha vergonha pela ausência passada, do ano que findou. Há atrasos e algumas ausências, comuns como nos demais encontros, familia é assim mesmo, estamos sempre repetindo coisas, ações, sentimentos, movimentos e até pensamentos nos mais diversos momentos.
O mestre e sua magrela chegam pondo fim a espera e a conversa descontraída do re-encontro, afinal a sensação de ressaca das férias ainda preenche o espaço.
È então momento de ser acolhido, ou não , pelo chão, deitados entregues ao som familiar e conhecido, água, música, movimento, com ele sentimento sono, saudades, beleza, lembrança, memória,reflexão, lamento,incomodo, afogamento, e não aguento......
Eutonia
Eu -primeira pessoa do singular, pronome pessoal
Tonia - te tonificar, dar vigor fortificar-se, robustecer
Aqui então a nossa fortificação , com tônus, o nosso tonus individual , no peito dos pés , a coluna ereta, respiração dá o tom e força, dor, prazer, não consigo, hoje consegui , ai, ai, eu gosto entre outros.
Nos arteiros-arteiros mesmo, judiando de nós pobres artistas, ai, ai, ai, de novo, mais uma vez, e outra... até que não é tão ruim.
Costas, pescoço- alongar
Pernas - Equilibrio
Chatos ? Sim. Más necessárias.... lá vem teoria , com ela burocracia , razão e cadê emoção ?
Projeto
Objeto- Tudo que é perceptivel por qualquer dos sentidos coisa peça artigo.
Objetivos- Onde quer chegar ? para que servirá , o que alcançará
Qual resultado terá ?
Justificativa- Legitimar, provar,comprovar um feito
O que minha nossa tem ?
Por que deve ter crédito ? Qual seu mérito ? Sabes responder escrever?
Escrever é sempre um parto.
Despedida- Sinceras são as palavras verdadeiras, o abraço, espontâneas são as lágrimas ...
Vai irmão, leve o ver , ouvir e sinta sempre.
Escrito por Eliane Neres em 16/01/2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
A Linguagem da Encenação Teatral Capítulo IV: Os instrumentos do espetáculo
Fonte: entretenimento.r7.com |
A partir da próxima fase, temos foco nas cores. Colocar colorido na guerra dos anos 30 anti-realista, dizia-me um alemão( O cinza combina com a guerra, com a miséria).A cor cria uma vida que positivamente não cabe aqui. A isso Pignan replicava que o excesso de realidade tira a realidade não acredita na cor símbolo. A uniformidade do cinza diminui o cinza eo drama. A guerra dos trinta anos não precisa de um fundo neutro para ficar se arrastando.
O figurino mais utilizado, por conta de Vilar A Ranconi,e de Chereau a GrotoWski uma roupagem mais abstrata.
Um ponto curioso para os naturalistas era com relação ao uso da sonorização nos espetáculos, para eles era necessário se livrar logo deste artifício que eles não sabiam como usar, e em que momento usar.
Hamilton Souza